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*MUITOGROSSOpoucofinoANTITUDOcontranada* Um blogue de criticas existenciais e existêncialistas..., e outras coisas mais, que podem cheirar muito mal, e saber bem pior!
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Publicação em destaque
21 julho 2007
20 julho 2007
OS JULGADORES?
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Prémio Nobel (leia-se nobel e não “nóbél”...) da Literatura em 1957
ALBERT CAMUS nasceu em Moldovi na Argélia em 1913 e
morreu em 1960 em França. Inicialmente Existêncialista Sartriano, rompe com
essa linha em 1952 e orienta a sua moral de revolta par a defesa par a defesa de
valor morais e espirituais, fundado na solidariedade sobre os infortúnios... O seu livro “A Queda” (la chute - 1956), revela toda essa angústia da condição humana e
a esperança ou desespero de um novo mundo...
Desse seu livro:
“ além disso , eu era animado por dois sentimentos sinceros: a satisfação de me encontrar do lado bom da barra e um desprezo instintivo pelos juizes em geral. Esse desprezo...//..visto por fora parecia antes uma paixão...//...os juízes são precisos, não acha?No entanto eu não podia compreender que um homem se designasse a si próprio para exercer estas surpreendentes funções. Admitia-o, pois que o via, mas um pouco como admitia os gafanhotos.Com esta diferença...//... eu ganhava a vida dialogando com pessoas que desprezava.Mas, enfim, estava do lado bom, isso bastava para a paz da minha consciência.O sentimento do direito, a satisfação de ter razão...//... Pelo contrário, privar disso os homens é transformá-los em cães raivosos.”
19 julho 2007
Alguém ainda se lembra deles?
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14 julho 2007
10 julho 2007
06 julho 2007
mais uma laranjisse do Póvoa Semanário
ao que tudo indica nem sequer os convidou...
"
Birra socialista
Ao contrário do que pensa o PS/Póvoa, casamentos e baptizados não são como inaugurações públicas. Por não terem recebido convite oficial, os vereadores socialistas decidiram não marcar presença na inauguração da Avenida 25 de Abril. Estão no seu direito. O PS não devia era publicamente ter vindo ‘choramingar’ a falta de convite oficial, ou, se o entendessem fazer, tivessem optado pelo local próprio, no seio do executivo municipal do qual, apregoam, ser parte integrante. A cerimónia foi aberta a todos os poveiros e foram muitos os que lá estiveram. Os vereadores do PS não são poveiros?"
29 junho 2007
28 junho 2007
23 junho 2007
O sitio da Junta de Freguesia de Argivai
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O sitio da Junta de Freguesia de Argivai
Mensagem do Presidente;
A Freguesia de Argivai renovou a sua página da Internet e, desta forma, o seu contacto com população. Agora, com um simples click, tem ao seu dispor um conjunto de novas informações dirigidas aos habitantes de Argivai, mas também a todos aqueles que pretendem conhecer a nossa Freguesia, antes mesmo de a visitar.
Os habitantes da nossa Freguesia podem agora contactar com a autarquia diariamente, de uma forma cómoda e de um modo quase instantâneo. Aqui, entre várias operações, pode consultar diversas informações.
Para os que nos visitam de fora da área desta Freguesia, sugerimos locais para se divertir-se; além de informar como chegar à Freguesia.
Uma boa navegação por Argivai
O Presidente da Freguesia de Argivai
Adolfo da Silva Ribeiro
11 junho 2007
07 junho 2007
A FRASE DO QUEIRÓS
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Os beneficiários do 25 de Abril
não querem regressar à ditadura fascista,
querem o regresso ao feudalismo.
FONTE_ voz da póvoa - on line 1º semana de junho 2007:
AMIGOS COMO DANTESO Governo e as organizações patronais
uniram-se para deitar abaixo a greve geral. Um secretário de Estado
até foi porta-voz das adesões à greve no sector privado. Os jornais diários,
no dia da greve geral, nem sequer levaram a notícia à primeira página.
Ficámos todos a saber que o jornal de Belmiro de Azevedo é mercadoria
de referência de uma qualquer grande superfície. Depois de alguns arrufos
entre patrões e Governo de José Sócrates, a greve geral uniu-os de novo
e agora estão na paz dos anjos. Até o impagável Marcelo Rebelo de Sousa,
na sua missa de domingo do púlpito da RTP atacou os sindicatos.
Mas nem uma palavra disse do comportamento dos patrões que já
não se contentam em esmagar os salários, agora querem liquidar
todos os direitos dos trabalhadores. Um patrão mais azougado,
nas barbas do ministro Vieira da Silva até ousou dizer que o ano
só tem 12 meses e, portanto, há que acabar com o décimo terceiro
e décimo quarto mês (subsídio de natal e subsídio de férias).
Vieira da Silva ouviu e calou. O Governo socialista está nos braços
do poder económico. É por isso que a popularidade de José Sócrates
sobre como um balão. Quando o balão rebentar é que vão ser elas.
UM TIRO NA JUSTIÇAO Poder económico, através dos seus órgãos
de Informação (que são os mais influentes e poderosos) faz tudo para
denegrir e desacreditar as instituições do Estado. O Primeiro-Ministro
é abandalhado por causa das suas habilitações académicas.
A Assembleia da República e os deputados são permanente motivo
de chacota na Comunicação Social pelos caixeiros do comércio da palavra,
do som e da imagem. Os Tribunais estão há muito na linha de fogo,
pelo menos desde que os bandidos de colarinho branco começaram
a ter de prestar contas, ainda que alguns tivessem conseguido
a prescrição dos seus processos. O presidente da República finge
que nada tem a ver com o assunto, mas se formos a ver quem foram
os grandes empresários que pugnaram pela sua candidatura, logo
verificamos que não é inocente. A Comunicação Social alinhada e
submetida ao poder económico disparou mais uma vez contra os
Tribunais, a propósito de um recente acórdão do Supremo Tribunal
de Justiça. A ideia é desprestigiar a Justiça e os seus agentes de tal
forma que um dia destes não haja nenhum entrave ao saque generalizado.
Governo e Assembleia da República já são terra queimada. A Justiça segue
o mesmo caminho. Os beneficiários do 25 de Abril não querem regressar
à ditadura fascista, querem o regresso ao feudalismo.
REFUGIADOS RADICAISAs tropas do Líbano receberam armas fresquinhas
dos EUA e com elas bombardeiam há vários dias um campo de refugiados
palestinos no norte do país. Quando há interesses americanos em jogo,
logo vão a correr equipas de propaganda dos órgãos de Informação
portugueses. Um dos caixeiros que avia notícias ao balcão do Líbano
garantiu-nos que no campo de refugiados ainda há pelo menos 5000 civis.
Mas também disse que o exército libanês bombardeia com artilharia
os radicais palestinos. Também soubemos pelos caixeiros e as caixeiras
que os combates entre o exército libanês armado pelos EUA e
os refugiados palestinos são ferozes. Então fica assim: os desgraçados
que estão no campo de refugiados à mercê da artilharia americana
manipulada por libaneses, são radicais. Os que bombardeiam
ininterruptamente o campo de refugiados, matam centenas de
pessoas e destroem edifícios residenciais e equipamentos sociais
são as vítimas. Quem pensar que isto pode durar eternamente,
é ruim da cabeça ou doente do pé, como cantava o sambista
03 junho 2007
A Transparência
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Um poder legitimo é aquele que é Tranparente
que não tem nada a esconder,
que não revela surpresas,
não esconde o lixo e evidência a fachada...
Um poder legitimo não se perpectua, nem se mantém,
mas antes sempre se renova...e substitui !!!
Um poder legitimo serve os outros e não se serve dos outros!
25 maio 2007
Fé em Deus
Confio em Ti, meu Deus!
Não quero mais nas trevas
Da noite perdido
Ficar horas, dias, meses, anos
Procurando nadas...
A partir de hoje vou
Procurar confiar em Ti,
Ter a Certeza, a Fé,
Não vacilar nunca, de medo!
Outrora Paulo caminhou sobre as águas
Para chegar até Vós.
E disse Cristo porque duvidais, homens
De pouca Fé?”
Meu Deus, eu gostaria de duvidar menos
Cada vez menos, sempre menos,
Até conseguir caminhar sobre as águas
Para chegar até vós , como os apóstolos...
...eu tenho ainda medo...
..eu ainda não tenho Certeza...
.. e a minha Fé ainda é pequena...
...mas Vós sabeis que estou tentando cada vez
com mais força, cada vez com mais vontade,
confiar plenamente em Ti, meu Deus.
Ajudai-me, ajudai-me...
Póvoa de Varzim,9de Agosto de 1981
renato gomes pereira - in “Caderno Diário”
17 maio 2007
Maçonaria e verdade
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A Maçonaria e a Verdade
Saber o que é ou não verdade,
O que é ou não a mentira, e
que distãncia tem uma o
u outra da realidade
é questão a colocar
a toda a Humanidade
O Saber é verdade
mas tal não quer dizer
que a Ignorância também
não o seja
Omitir é também mentir
Ser Maçon pode ser também
crente e ter Deus por Mestre
E as "sacerdotizas" do Templo
podem ser serpentes, pitonizas,
agnísticas e agnósticas
sereias de Perdição e Ignominia
Mamon ou "l'argent",
o virus permanente
contra o ócio merecido
por toda a gente
O deus dinheiro da mentira
do posso quero e mando
que sendo igualmente verdade
omite a verdadeira realidade
da nossa dimensão divina
10 maio 2007
folclore
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Quando a vida corre de feição
tudo flui e evolui
Assim é o acto cultural
assim devia ser a tradição
Em tempos promovemos uma petição
em defesa do Folclore e do Fado
e também das artes artesanais
era no tempo do Forum HSO
Helena Sanches Osório,
Não mais pertence
ao mundo dos vivos
influente saber e
conhecimento
O Folclore a a Cultura ficaram mais pobres
O Jornalismo ficou mais pobre
Portugal e o Mundo perderam
E venceram um abjectos...
..larvares da pseudo sabedoria
de Bolonhas em fasciculos,
dum saber empacotado
pra consumo imediato
Quo vadis Universitas
perdida no Mundo Descartável
sem cultura nem tradição
regressiva e agressiva
Nem conhecimento, nem técnica
nem ética, nem ecléctica
Apenas a gula frenética
Consumismo em dialéctica...
08 maio 2007
Engenheiros contabilistas e justiceiros?
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TRIBUNAL DA PÓVOA DE VARZIM
- Uma reforma pontual que nada resolve
No passado dia 24 de Abril, o Governo fez publicar no Diário da República uma resolução, na qual declara que vai fazer modificações na estrutura de Juízos dos Tribunais da Póvoa de Varzim e da Maia.
Trata-se apenas de copiar, nestas duas comarcas, aquilo que já foi feito há anos em Vila do Conde, ou seja, acabar com os 4 Juízos de competência genérica actualmente existentes no Tribunal da Póvoa e convertê-los em 3 Juízos de Competência Especializada Cível e 1 Juízo de Competência Especializada Criminal.
Esta resolução – diz o Conselho de Ministros – irá ser concretizada em diploma legal a publicar em 30 dias. Não se sabe ainda quando entrará em vigor.
Porém, podemos desde já afirmar que esta medida avulsa, qual gota de água no oceano das transformações que o Governo anunciou para a Justiça, não vai resolver nada.
Explicando, para que todos os cidadãos, mesmo os não familiarizados com estas matérias, possam entender o que se passa, comecemos por alguns dados numéricos.
O País está dividido em 231 comarcas, que na maior parte dos casos correspondem a concelhos. Em grande parte das comarcas existe um Tribunal, que decide da generalidade dos casos que os cidadãos lhe submetem (com excepção das questões que são da competência exclusiva dos Tribunais de Trabalho, de Comércio, de Direito Marítimo, Fiscais e Administrativos).
Na Póvoa existem 4 Juízos e em cada um deles existe um Juiz com competência genérica. Quando um processo entra em Tribunal, é distribuído aleatoriamente por um desses 4 Juízos. Ora, o que se pretende agora é colocar 1 Juízo só a decidir as questões criminais e os outros 3 Juízos a tratar indistintamente de todas as outras questões.
Ora, segundo dados dum estudo recente da Faculdade de Engenharia de Coimbra, no ano de 2001 entraram no Tribunal da Póvoa 1880 processos de natureza civil, enquanto em 2005 entraram 3420, significando isso um crescimento de 81,9% em apenas 4 anos! Por outro lado, no que respeita aos processos de índole criminal, verificou-se um pequeno decréscimo de entradas, de 836 em 2001 para apenas 735 em 2005, ou seja, de 12,1%.
Comparando os dados da vizinha Vila do Conde do ano de 2005 (3087 processo cíveis e 816 processos crime entrados), verificamos que são semelhantes aos da nossa comarca.
Por isso, se a resolução do Governo vier a ser implementada, é fácil antever que vai acontecer aqui o que aconteceu lá, quando foi feita em Vila do Conde a mudança que agora se quer fazer na Maia e na Póvoa de Varzim.
E o que aconteceu lá foi que o Juízo Criminal se mostrou claramente insuficiente para despachar os processos, embora os Juízos de natureza civil ficassem mais desafogados. E, para resolver esse problema, foi necessário recorrer a mais Juízes, auxiliares do Juiz titular.
Aqui chegados, facilmente o leitor compreende que, numa medida pontual – como esta confessadamente é… – mais importante do que o número de Juízos é saber qual o número de Magistrados que vão ser afectados a esta comarca (e já agora de funcionários judiciais, também), designadamente de Juízes auxiliares. E isso a resolução do Governo, obviamente, não nos desvenda…
É evidente que a especialização é benéfica a todos os níveis, mas o que não se percebe é porquê só esta medida pontual, quando se impunha fazer o mesmo (pelo menos) no tocante ao Direito de Família e Menores e quando o Tribunal de Trabalho, há tantos anos criado, nunca foi instalado na nossa terra, continuando os poveiros a terem de se deslocar a Barcelos para assuntos laborais.
Trata-se assim duma medida que nasce anunciada como pontual, e para vigorar por curto período de tempo. Isto numa altura em que se antevê a concretização para breve do falado Projecto do Governo para a Justiça.
E a propósito do projecto do Governo para o novo mapa judiciário (de que se começará a ouvir falar em breve, mais cedo do que se pensa) importa deixar aqui um aviso muito sério aos nossos autarcas e às forças vivas da comunidade, relativamente ao que vai suceder a breve trecho no que respeita à Justiça na nossa zona.
Tal como na Saúde, a concentração vai ser a regra.
Segundo os mais recentes estudos, encomendados pela Governo com vista à alteração do mapa judiciário, Póvoa de Varzim e Vila do Conde vão ser integradas na denominada «NUT III do Grande Porto», que engloba ainda as comarcas de Maia, Matosinhos e Valongo.
E o centro dessa NUT, é bom de ver, está na Maia, o que implicará para os nossos conterrâneos terem de se deslocar, com os seus advogados e as suas testemunhas para Matosinhos ou para a Maia, sempre que quiserem decidir uma questão tão vulgar como um divórcio, uma regulação do poder paternal sobre menores, um crime, um problema comercial ou fazer uma cobrança coerciva, por exemplo.
Aqui fica o aviso a quem tem o poder de influenciar as decisões sobre esta matéria, com a promessa de voltar ao tema em breve, quando houver mais novidades.
03 maio 2007
27 abril 2007
25 abril 2007
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O Poder Autárquico é filho do 25 de Abril que será o seu pai biológico sendo a sua mãe biológica a Liberdade.. Porém foi entregue a pais adoptivos , tendo por pai afectivo o Parlamento e por mãe afectiva a Democracia, transformou-se não só em jovem rebelde como em adulto prevaricador praticando toda a expécie de infracções e amoralidades, sendo a mais grave a corrupção passiva e activa...
É o que dá fiar-mo-nos nas palavras de psicólogos, psiquiatras, legalistas, engenheiros,economistas, sociólogos e doutores em geral....Pai é Pai tudo o resto são Interesses...
Renato Pereira. 04.25.07 - 4:01 pm | #
12 abril 2007
21 março 2007
O êxodo dos " BRANCOS DE ANGOLA"
Por Mandachuva
Mais uma vez o relato de familiares de ex-militares ...neste caso a esposa !
Os outros são como Savimbi escreveu no seu livro "ANGOLA a resistência em busca de uma nova nação”:
pàg 64 - "O êxodo dos brancos desequilibrou profundamente a vida politico-económica de Angola.
Houve quem escrevesse que a maior parte dos brancos residentes em Angola tinhaaderido à UNITA e desertou dela depois de certas afirmações de dirigentes do Partido, nomeadamente o meu discurso de Julho de 1975 no Cuma...//..."
" A UNITA foi o único movimento que tomou posições claras, límpidas, em relação à nacionalidade angolana. Foi ela que manteve(como mantém) a sua posição de que nas circunstãncias do nosso país, angolanos podem ser os pretos, os mestiços e os brancos.
Quinhentos anos de vivência em comum representam alguma coisa. Quinhentos anos de mistura de costumes e de sangue não são pouco.
A UNITA defendeu o ponto de vista da nacionalidade para brancos e mestiços, desde que estes estratos populacionais se identificassem com a construção harmoniosa de uma nova Angola, aceitando entrar na "escola da História" ,para que os pretos, que são a maioria, não vive3ssem constantemente dos seus ressentimentos e os brancos quisessem transpor para uma Angola independente a sua vida de privilégios passados durante a época colonial."...//...
"Foi essa base única que fez com que brancos pretos e mestiços aderissem em massa à filosofia do nosso partido."...//...
"Quanto ao meu discurso no Cuma, ele foi apenas um reflexo da situação que se vivia...//...tinha estado a dialogar comigo certos elementos brancos que se diziam amigos da Unita -o banqueiro espirito Santo e o Eng Fernando Falcão, Pinto Leite e o Eng. corte real, e outros mas com objectivos um pouco diferentes.
O Falcão ia para convencer-me de que a Unita devia capitular diante do MPLA porque ele tinha estado em Luanda e vira aí desembarcar armas electrónicas. outros sustentavam que os únicos brancos que tinham escolhido um Movimento de Libertação se identificavam com o Mpla.. segundo eles, os brancos filiados na UNITA tinham-no feito para procurarem da parte dela protecção para os seus privilégios. Foi por isso que eu quis lembrar aos brancos do Cuma que a Independência exigia de cada um uma dose de sacrifício..."
"E se eu quiser examinar erros cometidos nas áreas da Unita, no Huambo e Lobito, Lubango e Moçamedes fácil me será concluir que as populações pretas, brancas e mestiças não estavam absolutamente nada preparadas para esse encontro fraternal.
“A população branca queria manter os seus privilégios dentro do país independente."
"Os Erros cometidos em Angola resultaram da intransigência de certos elementos, uma vezes negros outras vezes brancos, que não estavam prevenidos de que todo o extremismo gera calamidades e que não aceitavam moderação nas suas reivindicações."
"Retomando a questão do Exodo dos Brancos, quero dizer que, no meu entender, ele não foi ocasionado pela sucessão dos acontecimentos ou pela falta de tempo par a educação das massas. Foi deliberadamente precipitado por Rosa Coutinho, que sabia bem que a única coisa que faltava ao MPLA, nessa altura, para poder aguentar a administração, eram os brancos, que não tinham contudo nenhuma simpatia por aquele movimento.
Por isso Rosa Coutinho fomentou atrocidades contra os brancos, para que eles se precipitassem para os portos e aeroportos e par os seus carros- deixando um vácuo que só o MPLA poderia preencher graças ao envio apressado de lisboa de quadros do partido comunista, para reforçarem a sua posição. Foi essa a razão fundamental do êxodo dos brancos."
Recolhas de Renato G. Pereira
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/aidaviegas
EXCERTOS:
Foi o caso duma interessante conversa que Matilde ouviu uma tarde ao entrar num pequeno bar duma vila do centro do país onde, como é habitual, um grupo de homens, costumava juntar-se em amena cavaqueira. No momento a conversa estava animada. Os temas, como as cerejas, iam-se encadeando uns nos outros passando, inexoravelmente na altura, pelos retornados.
Uns queixavam-se disto, outros acusavam-nos daquilo, sendo, porém, todos unânimes na ideia de que os regressados de África estavam a constituir uma praga, tal era o número dos que afluíam dia após dia ao Velho Continente.
— Na realidade, disse um dos presentes à laia de conclusão, daqui a pouco, não se vê mais nada nesta terra senão retornados e cães!
— É verdade, é verdade...
— Você é que tem razão - aplaudiram quase em uníssono todos os presentes.
De repente, alguém reflectiu e, uma voz se levantou do meio do grupo:
— O senhor por acaso não é retornado? Ou é?
— Claro que sou, homem!
— Eu também, exclamou quem falara e, ambos desataram a rir com vontade perante o espanto dos demais que de repente não se haviam apercebido onde estava a piada.