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09 junho 2008

eleições Angola08







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18 abril 2008

UNITA e DNIC

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Domingos Maluka afirma: Estamos no parlamento para defender o povo


18-Apr-2008
Luanda - 20 Dias são passados desde que o prédio que albergava a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) se desmoronou com inúmeras perdas humanas e materiais, fincando por se saber ate ao momento as principais causas deste infausto acontecimento.
A situação tem estado a preocupar a sociedade angolana. Com este propósito o grupo parlamentar da UNITA, vai interpelar no dia 22 de Abril corrente, o executivo angolano para procurar saber como é que a situação ocorreu.
Segundo fez saber o vice-presidente da bancada parlamentar do “Galo Negro”, Daniel José Domingos “Maluka”, o seu Partido pretende questionar o governo do porquê de tanta apatia na resolução de um problema que já vinha dando sinais.
“ Nós queremos questionar o governo porquê que não agiu, quando já tinha informação em sua posse de que aquele edifício corria o risco de ruir. Mais também, pretendemos saber o quê que faltou para salvar as pessoas quando nós dispomos de informação que o edifício começou a ruir á uma hora da manha e só caiu em terra às 4 horas”, já que na opinião do deputado Maluka, houve tempo suficiente para se tirar as pessoas das celas.
“ Também queremos saber o que é que esteve a fazer lá o bebé. Ora, há aqui um conjunto de questões que devem ser colocadas e pensamos que o governo responda de formas a que nós possamos encontrar respostas e também pedir ao governo que situações destas não mais aconteçam”, destacou.
O político da oposição revelou por outro lado que a situação da DNIC levanta outra questão que se prende com a manutenção dos edifícios bem como o cumprimento das leis e decretos.
Entretanto apesar do regimento interno da Assembleia Nacional, recomendar os grupos parlamentares que pretendam interpelar o executivo, o devem fazer 15 dias antes e com a entrega das perguntas; o dirigente da UNITA pensa que este é um articulado muito caduco, tendo destacado que na próxima legislatura deverá ser mudado.
“ Este regimento não facilita o debate, nem mesmo dá a possibilidade do governo mostrar que conhece os dossiers. O governo acaba por ir ao parlamento com a cábula feita, e depois isto não demonstra a performance da governação como os angolanos querem”, sublinhou.
Enquanto isto, o vice-presidente da bancada parlamentar da UNITA, anunciou na ocasião que a sua bancada está em contacto permanente com algumas famílias das vítimas, tendo revelado também que estão em posse de informações sigilosas.
“ Nós temos informações que as famílias nos pediram que fossem sigilosas. Também precisamos de saber do governo como é que vai indemnizar as pessoas; porque elas estavam ali para serem presas e depois saírem e agora morreram… como é que o processo vai decorrer”, questionou o dirigente da UNITA.
Quanto ao apoio às famílias das vítimas, Daniel José Domingos “Maluka” adiantou que a UNITA é um Partido político, e a sua função não é distribuir benesses, nem distribuir casas e bens alimentares; como o fazem alguns utilizando o erário público e a margem da lei. “Nós pensamos que esta é tarefa do governo e mais concretamente do ministério da Assistência e Reinserção Social dar o apoio logístico; bem como dar saúde através do ministério da Saúde”, defendeu.
Questionado se esta interpelação será mais uma e que não terá o resultado desejado, Daniel José Domingos “Maluka”, salientou que “ estamos no parlamento a defender os interesses do povo, que afinal de conta somos todos nós. As respostas que o governo tem dado e a forma como o próprio governo trata o parlamento é mais um indicativo do tipo de governo que nós temos. Nós fazemos o nosso papel e o governo por vezes sai da Assembleia satisfeito por ter abandalhado a UNITA, mas nós entendemos que ao abandalhar a UNITA está a abandalhar o povo e este povo vai saber responder nas próximas eleições”, alertou.
De referir que o antigo prédio da DNIC, desmoronou-se na madrugada do dia 28 de Março último, tendo vitimado mortalmente 30 pessoas dentre as quais, um bebe, 10 mulheres e 19 homens, segundo dados publicados naquela altura pelas autoridades competentes.
Fonte: Kwacha

21 março 2007

O êxodo dos " BRANCOS DE ANGOLA"

O êxodo dos Brancos de Angola- um livro por escrever na primeira pessoa

Por Mandachuva


Mais uma vez o relato de familiares de ex-militares ...neste caso a esposa !

Os outros são como Savimbi escreveu no seu livro "ANGOLA a resistência em busca de uma nova nação”:
pàg 64 - "O êxodo dos brancos desequilibrou profundamente a vida politico-económica de Angola.
Houve quem escrevesse que a maior parte dos brancos residentes em Angola tinhaaderido à UNITA e desertou dela depois de certas afirmações de dirigentes do Partido, nomeadamente o meu discurso de Julho de 1975 no Cuma...//..."
" A UNITA foi o único movimento que tomou posições claras, límpidas, em relação à nacionalidade angolana. Foi ela que manteve(como mantém) a sua posição de que nas circunstãncias do nosso país, angolanos podem ser os pretos, os mestiços e os brancos.
Quinhentos anos de vivência em comum representam alguma coisa. Quinhentos anos de mistura de costumes e de sangue não são pouco.
A UNITA defendeu o ponto de vista da nacionalidade para brancos e mestiços, desde que estes estratos populacionais se identificassem com a construção harmoniosa de uma nova Angola, aceitando entrar na "escola da História" ,para que os pretos, que são a maioria, não vive3ssem constantemente dos seus ressentimentos e os brancos quisessem transpor para uma Angola independente a sua vida de privilégios passados durante a época colonial."...//...
"Foi essa base única que fez com que brancos pretos e mestiços aderissem em massa à filosofia do nosso partido."...//...
"Quanto ao meu discurso no Cuma, ele foi apenas um reflexo da situação que se vivia...//...tinha estado a dialogar comigo certos elementos brancos que se diziam amigos da Unita -o banqueiro espirito Santo e o Eng Fernando Falcão, Pinto Leite e o Eng. corte real, e outros mas com objectivos um pouco diferentes.
O Falcão ia para convencer-me de que a Unita devia capitular diante do MPLA porque ele tinha estado em Luanda e vira aí desembarcar armas electrónicas. outros sustentavam que os únicos brancos que tinham escolhido um Movimento de Libertação se identificavam com o Mpla.. segundo eles, os brancos filiados na UNITA tinham-no feito para procurarem da parte dela protecção para os seus privilégios. Foi por isso que eu quis lembrar aos brancos do Cuma que a Independência exigia de cada um uma dose de sacrifício..."
"E se eu quiser examinar erros cometidos nas áreas da Unita, no Huambo e Lobito, Lubango e Moçamedes fácil me será concluir que as populações pretas, brancas e mestiças não estavam absolutamente nada preparadas para esse encontro fraternal.
“A população branca queria manter os seus privilégios dentro do país independente."
"Os Erros cometidos em Angola resultaram da intransigência de certos elementos, uma vezes negros outras vezes brancos, que não estavam prevenidos de que todo o extremismo gera calamidades e que não aceitavam moderação nas suas reivindicações."
"Retomando a questão do Exodo dos Brancos, quero dizer que, no meu entender, ele não foi ocasionado pela sucessão dos acontecimentos ou pela falta de tempo par a educação das massas. Foi deliberadamente precipitado por Rosa Coutinho, que sabia bem que a única coisa que faltava ao MPLA, nessa altura, para poder aguentar a administração, eram os brancos, que não tinham contudo nenhuma simpatia por aquele movimento.
Por isso Rosa Coutinho fomentou atrocidades contra os brancos, para que eles se precipitassem para os portos e aeroportos e par os seus carros- deixando um vácuo que só o MPLA poderia preencher graças ao envio apressado de lisboa de quadros do partido comunista, para reforçarem a sua posição. Foi essa a razão fundamental do êxodo dos brancos."


Recolhas de Renato G. Pereira
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/aidaviegas

EXCERTOS:
Foi o caso duma interessante conversa que Matilde ouviu uma tarde ao entrar num pequeno bar duma vila do centro do país onde, como é habitual, um grupo de homens, costumava juntar-se em amena cavaqueira. No momento a conversa estava animada. Os temas, como as cerejas, iam-se encadeando uns nos outros passando, inexoravelmente na altura, pelos retornados.
Uns queixavam-se disto, outros acusavam-nos daquilo, sendo, porém, todos unânimes na ideia de que os regressados de África estavam a constituir uma praga, tal era o número dos que afluíam dia após dia ao Velho Continente.
— Na realidade, disse um dos presentes à laia de conclusão, daqui a pouco, não se vê mais nada nesta terra senão retornados e cães!
— É verdade, é verdade...
— Você é que tem razão - aplaudiram quase em uníssono todos os presentes.
De repente, alguém reflectiu e, uma voz se levantou do meio do grupo:
— O senhor por acaso não é retornado? Ou é?
— Claro que sou, homem!
— Eu também, exclamou quem falara e, ambos desataram a rir com vontade perante o espanto dos demais que de repente não se haviam apercebido onde estava a piada.