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09 março 2006

AGONIA DE SÓCRATES

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FONTE: Bissemanário FOLHA 8


Os bastidores mafiosos da “agonia de Sócrates” O PIB da Alemanha de Angela Merkel representa, nesta altura, qualquer coisa como 29 por cento da chamada zona euro. Pretende a senhora Merkel recolocar a Alemanha, em termos de crescimento económico, entre os três primeiros da Europa. Merkel apresentou, já, o seu programa, um pacote de medidas básicas. Em Portugal, Cavaco foi conversar com Sampaio para “saber coisas” e preparar a mudança de guarda-roupa. Não passa pela cabeça de Cavaco recomendar ao inacreditável Sócrates, “chefe de governo”, que os “socialistas” empurrem, economicamente, Portugal, até colocar o país entre os quatro ou cinco, ou seis primeiros da Europa. Enquanto teve três pares de colónias, Portugal demonstrou abundantemente a sua falta de imaginação e criatividade. Depois do “25 de Abril de 1974” assumiu, definitivamente, com algum espalhafato, a sua falta de imaginação. Os políticos de centro e de direita juravam, mentirosos, que Portugal iria ser como a França. Mas o país, a nível humano, não reciclou nada. Não se preparou, não se ”defendeu” da Europa. Portugal, que possui muita gente boa, não deveria minimamente tentar imitar seja quem fôr. Deveria, antes do mais, medir-se. Situar-se. É pequeno, mas pode caminhar. As cidades e vilas deveriam ser paradigmas ambientais e culturais. O pouco dinheiro, com honestidade e imaginação pode gerar prosperidade e bem-estar. Em vez de vender aos espanhóis os melhores edifícios das sua joia da coroa urbanística (a “Baixa pombalina”), de vender a gregos e troianos o melhor do Alentejo, por exemplo, Portugal deveria revitalizar todo esse invejável património para poder referi-lo no exterior como património seu, realmente seu. Se Viena vendesse às empresas do fascista Dick Cheney as prendas mais pulcras o seu casco histórico, a cidade mostraria carácter e turismo emprestados. Portugal deixou-se alugar. Deixou-se leiloar, na Uniao Europeia. Vendeu-se, ominosamente. Defenestrou a sua relativa riqueza. Arruinou os caminhos de ferro que davam alma, poesia e atracção turística ao seu interior. Não modernizou (Cavaco!Cavaco!Cavaco!) a força laboral. Não soube integrar os estratos mais frágeis da sua população. Não cuidou das suas fronteiras. Fez do Alagarve um casino de malfeitores, uma gruta de negócios escuros e recreios artificiais. Proletarizou o Minho e tornou-se animador de bordéis e compincha de bandoleiros locais e estrangeiros. Como é sabido em toda a “nova” Europa, com Sartre ou sem Sartre, com Berlinguer ou sem Berlinguer, com Mitterrand ou sem Mitterrand, o debate, agora, gravita exclusivamente no “problema das esquerdas”. As mais ou menos repugnantes direitas e extremas-direitas continuam a querer tramar as mayorías. Porém, estranhamente, fazem-se cada vez mais invisíveis. Manejam a dinheirama. Moldam a tal “economia”. E nao desistem. Em Espanha, eterno celeiro da ideologia franquista, as sondagens actuais já só garantem ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que governa, um pontinho de vantagem sobre o lamentável PP (Partido Popular). Isto, para a Europa e o mundo “civilizado”, é um exemplo vergonhoso e preocupante de estupidez e embrutecimento mentais. Portugal prepara-se, alegremente, para o seu próprio tzunami final. Via Internet, recebo no México o texto de um alegado “manifesto” saído dos bastidores daquilo que eu classifico de “bastidores da agonia de Sócrates”. O texto, costurado antes das Presidenciais, e dirigido ao potencial eleitorado socialista, aconselhava as pessoas a tramarem Soares, em primeiro lugar, e também Alegre. Porque, argumentava o inspirador do “manifesto”, tão pouco conviria a Sócrates ter de apoiar Alegre no caso de uma hipotética segunda volta…!Que Angola saiba escolher os seus parceiros no exterior, eis os meus mais ardentes votos.Por Luis Ferreira