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Não USURPEM os Nossos Direitos

02 novembro 2005

Descolonização e Injustiça

Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
O timbre oficial era o de "RETORNADOS" mas, nos bastidores da vida, os epítetos eram outros: "exploradores", "ladrões", "assassinos"… A partir de 1975, fugindo da guerra, fomo-nos espalhando pelo mundo. Sós, escorraçados, incógnitos ou fim de notícia nos meios de comunicação social, fomos o estandarte para a consolidação de uma democracia que relegou, para plano secundário, a vida de milhões de portugueses. Dilacerou-se a alma de quem, afinal, vivera a sua vida num dado enquadramento, mesclando-se, aculturando-se, recriando uma sociedade diferente em um espaço distinto. Criámos uma sociedade multirracial. Andámos nas mesmas escolas. Frequentámos os mesmos lugares de lazer. Dançámos a “rebita” ou a “marrabenta” em conjunto. Os poderes instituídos segregaram-nos, vilipendiaram-nos… E a reparação moral jamais sobreveio. Para se salvaguardarem mudaram o nome às coisas: ao abandono ignóbil e sem sentido se chamou a “exemplar descolonização”. E as vítimas de tamanha irresponsabilidade contam-se por milhões. O País teve o direito de colonizar. Teria o dever de descolonizar. E não o fez. E lançou os deserdados da fortuna para o esgoto da História… sem honra nem glória. António José Saraiva – o intelectual honesto e insuspeito que a História regista - qualificou o exemplar abandono como “a página mais negra da História de Portugal”! Volvidos 30 anos, exige-se o reconhecimento do indómito esforço que foi o nosso para a criação de uma sociedade singular que os famigerados “ventos da História” (a cegueira política, a cobardia institucional e a cedência a interesses outros) fizeram precipitar no caos. Exige-se tão-só A REPOSIÇÃO DA VERDADE, a REABILITAÇÃO de cada um e todos os que nados e criados ou só criados além-mar ergueram sob o signo do trabalho honesto verdadeiros IMPÉRIOS, a REPARAÇÃO MORAL, afinal, a que temos jus. Daí que formulemos a PETIÇÃO que visa a veicular uma tal pretensão. A memória de PORTUGAL ETERNO impõe-no, exige-o veementemente, numa revisão de processos a que a História há-de proceder. A recolha de 4 mil assinaturas promoverá a petição colectiva, ao abrigo do disposto da Lei nº 43/90, publicado no Diário da República I Série n.º 184 de 10 de Agosto de 1990 com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 6/93 e 15/2003, publicadas respectivamente nos Diários da República I Série A n.º 50 de 1 de Março de 1993 e n.º 129 de 4 de Junho de 2003. Mandatários da Petição: Mário Ângelo Leitão Frota, BI 643447; Maria do Céu Anjos Simões Hall Castelo-Branco, BI 7592408; Luiz Filipe Simões Hall Castelo-Branco, BI 7702695; Sónia Luísa de Campos Cunha da Costa Branco de Sousa Mendes, BI 7481691; Rui Alberto Simões Hall Castelo-Branco, BI 7857312; João Tiago Castelo-Branco Charula de Azevedo, BI 10674996; Pedro Nuno Castelo-Branco Charula de Azevedo, BI 11135861; Ana Maria Magalhães Carvalho, BI 1305735; Óscar Simões de Oliveira, BI 7198259; Tiago Miguel Neves Moura Ferreira, BI 11541781; Joana Rita Castelo-Branco Charula de Azevedo, BI 11888902; Luís Henrique da Silva Carvalho, BI 7512833; Maria Celmira Pereira Bauleth (Riquita), BI 7949660.
Sincerely,
The Undersigned

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The PETIÇÃO "APELO À VERDADE SOBRE A DESCOLONIZAÇÃO" Petition to Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa was created by OK and written by Mario Angêlo Leitão Frota e Maria do Céu Anjos Simões Hall Castelo-Branco (ccastelo-branco@netvisao.pt). This petition is hosted here at http://www.petitiononline.com/petition.html as a public service. There is no endorsement of this petition, express or implied, by Artifice, Inc. or our sponsors. For technical support please use our simple Petition Help form.
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